Arqueologia existencial

arqueologia existencial consiste numa busca da compreensão dos distintos modos de ser, sentir e expressar uma existência, partindo de seus modos próprios de existir e de suas singularidades.

Arqueologia é o estudo dos modos de vida das distintas sociedades humanas, por meio das produções e de suas intervenções no meio ambiente. A arqueologia existencial visa compreender e se aproximar dos modos de vida de uma existência.

Trata-se de uma atividade que investiga os elementos que se desvelam nos modos de existir de cada um. Esta análise resulta da soma de distintas áreas de saber, entre elas a antropologia, a história, a psicologia, as artes, a geografia, a economia, a linguística, entre outras.

Em Foucault, o método arqueológico propõe escavar as condições e os modos como os saberes foram se constituindo, buscando desvelar os elementos implícitos nas práticas, tendo como busca o entendimento de como certos elementos se relacionam e configuram num conjunto.

Deste modo, a arqueologia visa o presente, relacionando com elementos passados e recentes, buscando compreender o modo como estamos sendo no atual momento, operando em distintas dimensões, entre elas a filosófica e a científica.

O arqueólogo existencial se coloca a escavar os distintos modos de experimentar a vida de cada ser existente, se aproximando da experiência de uma pessoa, possibilitando uma maior compreensão sobre sua experiência de vida e seus modos de ser.

Tem como intuito possibilitar uma compreensão mais ampla da experiência de uma pessoa, de modo a promover sua auto percepção, visando uma ampliação das possibilidades de ser e de se colocar no mundo, cuidando da existência, como se cuida de uma obra de arte.

Seu método envolve uma escuta e observação abertas às diversas experiências de uma pessoa, se aproximando aos elementos destacados de sua história, segundo sua avaliação de importância, de maneira não diretiva, numa relação dialógica, por meio da atitude fenomenológica.

Sua prática visa a compreensão dos distintos modos de existir e de suas possibilidades, elaborando um entendimento aprofundado sobre a existência, para uma reavaliação de valores, uma revisão dos modos de ser, em favor do cuidado de si.

Deste modo, promove uma maior aproximação com a experiência de si e de seus modos de vida, ampliando o contato com seus afetos e desafetos, possibilitando o aumento no potencial de escolha e uma maior disposição de experimentação para com a vida.

Para embasar esta prática, são utilizados como referenciais teóricos elementos da crítica dos valores de Friedrich Nietzsche, a fenomenologia existencial de Jean-Paul Sartre, a experimentação artística de John Cage, e o cuidado de si em Michel Foucault.

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